Lançada há 3 meses, missão da NASA já registra erupção solar

A missão PUNCH (Polarimeter to Unify the Corona and Heliosphere) da NASA alcançou um marco significativo ao registrar sua primeira erupção solar, conhecida como ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês). Lançada em 11 de março de 2025, a missão consiste em quatro satélites pequenos que operam em conjunto como um único instrumento virtual, proporcionando uma visão tridimensional sem precedentes da atmosfera externa do Sol e do vento solar.

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Entre o final de maio e início de junho de 2025, três dos satélites da PUNCH capturaram imagens de CMEs se propagando em várias direções a partir do Sol. Essas imagens foram apresentadas durante a 246ª reunião da Sociedade Astronômica Americana em Anchorage, Alasca. As imagens foram combinadas em um vídeo que mostra as CMEs se expandindo pelo sistema solar interno, oferecendo uma visão detalhada de como essas erupções solares se desenvolvem e se movem no espaço.

A missão PUNCH utiliza uma combinação de imagens de campo amplo e um coronógrafo para bloquear a luz intensa do Sol e revelar detalhes da coroa solar e do vento solar. Essa abordagem permite aos cientistas estudar como a matéria e a energia da coroa solar se transformam no vento solar que preenche o sistema solar. Essas observações são cruciais para entender os fenômenos de clima espacial, como as CMEs, que podem afetar satélites, sistemas de comunicação e redes elétricas na Terra.

O principal investigador da missão, Craig DeForest, do Southwest Research Institute, destacou que as imagens iniciais são impressionantes, mas o melhor ainda está por vir. À medida que os satélites alcançam sua formação final e os dados são processados, a missão PUNCH fornecerá uma visão mais completa e precisa do comportamento do vento solar e do clima espacial, ajudando a melhorar as previsões e a mitigação dos efeitos desses fenômenos.

A missão é uma colaboração entre a NASA e o Southwest Research Institute, com o objetivo de expandir nosso entendimento sobre o Sol e seu impacto no ambiente espacial ao redor da Terra. Com a conclusão da fase de comissionamento e o início das operações científicas, espera-se que a missão forneça dados valiosos para pesquisadores e agências espaciais em todo o mundo.

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