Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, foi preso preventivamente durante a manhã deste sábado (22), pela Polícia Federal, após ordem do ministro Alexandre de Moraes. Decisão ocorreu após aviso de tentativa de rompimento de tornozeleira eletrônica, e não diz respeito a condenação de 27 anos e 3 meses.
Bolsonaro estava cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto, devido ao descumprimento de ordem de Moraes, durante processo que apurava se houve tentativa de coação ao STF, sobre trama golpista.
A decisão foi tomada devido a fatores que fazem Moraes, e os demais ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), acreditar que poderia haver uma tentativa de fuga por parte de Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, publicou durante a noite de sexta-feira (21), um vídeo em suas redes sociais, convidando os apoiadores de seu pai, para uma "Vigília pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil." A ação teria início às 19h, no balão do Jardim Botânico, na altura do condomínio que Bolsonaro cumpria prisão domiciliar.
Durante a madrugada deste sábado, houve um alerta sobre a tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica, usada por Jair Bolsonaro, às 0h08. Com esses fatores, foi decidida à ordem de prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, que está prevista no Código de Processo Penal.
Condenação
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Bolsonaro foi condenado à 27 anos e 3 meses de prisão, por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, liderança de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento começou em 2 de setembro deste ano, e a condenação de Bolsonaro foi decidida em 11 de setembro. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Carmen Lúcia e Cristiano Zanin foram favoráveis a decisão, com exceção de Luiz Fux.









