No domingo, 7 de setembro, milhares de manifestantes pró-Palestina tomaram as ruas de Bruxelas, em frente à sede da União Europeia, em um protesto para pressionar líderes do bloco a agir de forma mais firme em relação à crise em Gaza. Vestidos de vermelho, os manifestantes simbolizaram uma linha vermelha contra a violência.
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O protesto iniciou-se com uma caminhada da estação de Brussel-Noord em direção às instituições europeias. Agitando bandeiras palestinas, os manifestantes pediam uma posição mais contundente da União Europeia em um cenário de mais de 64 mil palestinos mortos pelo exército israelense.
Como Israel Impede a Entrada de Suprimentos.
A ajuda humanitária destinada a Gaza enfrenta grandes obstáculos impostos por Israel, com um rigoroso controle sobre as fronteiras desde o início da guerra, o que vem sendo alvo de críticas e denúncias por meio das Nações Unidas e agências de ajuda internacional.
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Responsável pelo fechamento das fronteiras terrestres de ajuda humanitária, como Kerem Shalom e a de Rafah (controlada pelo Egito, porém supervisionada por Israel), a entrada de ajuda humanitária enfrenta grandes barreiras e não consegue avançar para a população palestina, enfrentando filas e muita espera por conta de inspeções demoradas e burocráticas impostas por Israel. A ajuda humanitária ainda é um grande desafio.
Lista de Itens “Proibidos”
Além de um rigoroso controle de fluxo, Israel também impôs proibições a uma série de itens sob a justificativa de que poderiam ser utilizados para fins militares.
- Combustível para geradores de hospitais e usinas de dessalinização de água;
- Equipamentos médicos específicos, como máquinas de raio-x e ventiladores para UTIs;
- Kits de purificação de água, cruciais para o abastecimento de água potável e para evitar doenças;
- Materiais para consertar infraestruturas vitais, como bombas de água e esgoto danificadas;
- Placas solares e baterias, fundamentais para gerar energia em um cenário de apagão;
- Ferramentas de construção, como pás e cimento, que poderiam ser usadas para reconstruir moradias ou hospitais destruídos.