Moody’s alerta para risco contra isenções dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal começa a gerar repercussões no cenário internacional. A agência de classificação de risco Moody’s alertou que a decisão pode colocar em xeque a lista de isenções tarifárias concedidas pelos Estados Unidos ao Brasil, medida que hoje beneficia importantes setores da economia nacional.

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De acordo com a agência, Washington pode reavaliar esses benefícios diante do agravamento das tensões políticas e institucionais no país. Entre os segmentos mais expostos estão o de aeronaves, o de petróleo e o de produtos agrícolas, como sucos e frutas, que atualmente chegam ao mercado norte-americano com condições diferenciadas.

Para analistas da Moody’s, a situação é “fluida” e depende de como será conduzido o diálogo entre os dois países nas próximas semanas.

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O temor é de que novas sanções ou restrições sejam adotadas, afetando também bancos e instituições financeiras brasileiras que mantêm relações com parceiros norte-americanos. Apesar do alerta, a agência destaca que não há, neste momento, impacto imediato no perfil de crédito soberano do Brasil.

O país continua com nota estável, ainda que vulnerável às incertezas externas. O ponto de atenção está no médio prazo, caso haja perda de competitividade em exportações estratégicas.

Especialistas em comércio internacional afirmam que uma eventual reversão das isenções tarifárias teria efeitos significativos na balança comercial brasileira, especialmente porque os Estados Unidos são um dos principais destinos das exportações nacionais.

O aumento de custos poderia reduzir margens de lucro e afetar a atratividade do Brasil para investidores estrangeiros. Diante desse cenário, o governo brasileiro deve intensificar esforços diplomáticos para evitar desgastes maiores com Washington.

A condenação de Bolsonaro, além de seus desdobramentos políticos internos, pode se transformar em um teste para a capacidade do Brasil de preservar suas relações comerciais em meio a turbulências institucionais.

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