O presidente do Barcelona, Joan Laporta, explicou o impasse envolvendo a reinauguração do Camp Nou em entrevista recente ao diário espanhol Mundo Deportivo. Inicialmente previsto para receber o Troféu Joan Gamper em 10 de agosto, o estádio não obteve a Licença de Primeira Ocupação junto à prefeitura de Barcelona, o que inviabilizou o evento.
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Laporta ressaltou que as licenças de obra e de atividades haviam sido entregues dentro do esperado, mas a autorização para ocupação não foi emitida a tempo. Mesmo assim, ele se manteve confiante de que a equipe voltará ao Camp Nou “o mais rápido possível” e afirmou que não culpa a administração municipal pelo atraso.
O dirigente garantiu que os orçamentos e compromissos financeiros do clube para a temporada 2025/26 já consideram o retorno ao estádio, descartando qualquer plano de ficar fora do Camp Nou por tempo indeterminado. Paralelamente, o Barcelona solicitou à UEFA a possibilidade de jogar os primeiros jogos da Champions League fora de casa, a fim de ganhar prazo para concluir os reparos e evitar ter que usar o estádio Olímpico Montjuïc novamente.
As obras de reconstrução do Camp Nou se arrastam desde junho de 2023 e enfrentam seguidos atrasos, inclusive na instalação do gramado, instalação de assentos e saídas de emergência. A previsão atual é que o estádio esteja concluído entre o final de 2025 e o meio de 2026. A Câmara de Contratistas da Catalunha já alertava que seria quase impossível cumprir os prazos originais, estimando que a liberação final e ocupação poderia levar até quatro meses após o fim das obras.
Com a reinauguração adiada pela quinta vez, sócios e torcedores vêm expressando frustração, criticando o planejamento da diretoria. Ainda assim, Laporta reforça que o clube mantém um bom diálogo com as autoridades locais e está trabalhando para resolver todos os obstáculos burocráticos.