O Google anunciou, via alerta para os pais, que o Gemini, seu modelo de inteligência artificial generativa, passa a ser acessível por crianças com menos de 13 anos, desde que vinculadas a contas supervisionadas pelos pais por meio da ferramenta Family Link. A novidade, por enquanto disponível apenas nos Estados Unidos, reacende o debate sobre o uso de tecnologias avançadas por crianças e adolescentes.
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Para especialistas na área de educação e tecnologia, a medida pode representar um avanço importante na inclusão digital infantojuvenil, desde que acompanhada de orientações adequadas. Marco Giroto, é especialista em IA e fundador da 1ª escola de programação e robótica do Brasil voltada para o público infantojuvenil, a SuperGeeks. O especialista comenta que o uso de ferramentas como o Gemini, pode ser benéfico se for guiado por propostas pedagógicas consistentes.
“Se ensinarmos às crianças a utilizarem a inteligência artificial como uma aliada na resolução de problemas, na criatividade e no pensamento lógico, estamos não apenas preparando cidadãos mais conscientes, mas também, desenvolvendo as habilidades que o mercado já demanda”, afirma o especialista. “O risco está no uso sem propósito educativo, sem filtro e sem supervisão”.
O modelo Gemini será integrado ao app de busca do Google, com uma interface adaptada para o público infantil. Além disso, a empresa promete respostas alinhadas com diretrizes de segurança e privacidade para menores de idade. Ainda assim, o lançamento reforça a necessidade de diálogo entre famílias, educadores e empresas de tecnologia. Para Marco, o desafio está em equilibrar o acesso com a formação crítica.
“É um equívoco achar que proibir o contato com a IA resolve alguma coisa. O caminho mais inteligente é ensinar desde cedo como ela funciona e como pode ser usada com responsabilidade”.
A liberação da ferramenta para o público infantil ainda não tem previsão para chegar a outros países, mas já movimenta escolas e centros educacionais que lidam com alfabetização digital e competências do século XXI.
