O presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta semana um pacote de tarifas comerciais que deve atingir ao menos seis países, incluindo o Brasil, a Índia, o Vietnã, a Tailândia, a Turquia e as Filipinas. Segundo Trump, as novas alíquotas variam entre 20% e 30% dependendo do setor afetado. A medida tem como principal alvo o aço, o alumínio e produtos eletrônicos, sob a justificativa de proteger a indústria e os empregos americanos.
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Para as Filipinas, Trump determinou tarifa de 20% sobre produtos industriais. Já para os demais países, a taxação pode alcançar até 30%, conforme o volume de exportações.
O anúncio gerou preocupação entre economistas e líderes políticos nos países afetados, que temem impactos diretos em suas balanças comerciais. Especialistas avaliam que a decisão pode desencadear uma nova rodada de tensões no comércio global, especialmente em um momento de recuperação econômica pós-pandemia.
No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha o caso com atenção e buscará diálogo com autoridades norte-americanas para tentar reverter as tarifas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se manifestou, alegando que a medida pode prejudicar milhares de empregos e enfraquecer setores estratégicos da economia.
A postura agressiva de Trump tem sido vista como parte de sua estratégia eleitoral, que visa reforçar o discurso de proteção ao trabalhador americano. No entanto, críticos apontam que tais políticas comerciais têm histórico de gerar retaliações e acirrar disputas internacionais.