Tensão comercial entre EUA e China derruba preços do petróleo e acende alerta global

Os preços do petróleo registraram uma queda expressiva nesta terça-feira (29), refletindo a crescente preocupação dos investidores com o impacto das tensões comerciais entre Estados Unidos e China sobre a demanda global por energia. O barril do Brent recuou 0,67%, encerrando o dia a US$ 65,42, enquanto o WTI caiu 0,65%, fechando a US$ 61,65.

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Analistas apontam que o agravamento da disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo tem alimentado temores de uma desaceleração econômica global, o que, por sua vez, pressiona para baixo os preços das commodities. A recente imposição de tarifas adicionais pelos EUA sobre produtos chineses intensificou o clima de incerteza nos mercados.

Além das tensões comerciais, dados econômicos divulgados nesta terça-feira reforçaram o pessimismo. O índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo Conference Board, apresentou queda, indicando uma possível retração no consumo e, consequentemente, na demanda por petróleo.

No cenário internacional, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) sinalizou a possibilidade de aumentar a produção, visando equilibrar o mercado diante da perspectiva de menor demanda. Essa medida, no entanto, pode ampliar a oferta e exercer ainda mais pressão sobre os preços. ​

A combinação de fatores — tensões geopolíticas, indicadores econômicos desfavoráveis e possíveis ajustes na produção — coloca o mercado de petróleo em um estado de alerta. Investidores e analistas monitoram de perto os desdobramentos, cientes de que a continuidade desse cenário pode ter implicações significativas para a economia global.

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