O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (16), o projeto de lei que concede reajuste salarial aos militares das Forças Armadas. A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, segue agora para promulgação e entrará em vigor após sua publicação no Diário Oficial da União.
O reajuste será concedido de forma escalonada até 2026, com impacto estimado em cerca de R$ 16 bilhões para os cofres públicos.A medida teve amplo apoio no plenário, unindo parlamentares tanto da base do governo quanto da oposição.
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O texto busca corrigir defasagens salariais e promover a equiparação dos rendimentos dos militares com outras carreiras de Estado, como as polícias Federal e Rodoviária Federal. Representantes da categoria estiveram presentes durante a votação e celebraram a aprovação com entusiasmo nas galerias do Senado.
Apesar do consenso político, o reajuste gerou preocupações na equipe econômica, que tem buscado controlar os gastos diante das metas do novo arcabouço fiscal. Alguns senadores alertaram para o risco de um “efeito dominó”, caso outras categorias do funcionalismo público também pressionem por aumentos salariais.
Ainda assim, prevaleceu o entendimento de que a valorização dos militares é necessária diante das responsabilidades atribuídas à corporação.O Palácio do Planalto optou por não se posicionar contra o projeto, em uma estratégia de preservar o diálogo com os comandos militares e evitar desgastes institucionais.
Nos bastidores, o governo avalia formas de acomodar o impacto orçamentário da medida sem comprometer outras prioridades. Técnicos do Ministério da Fazenda já estudam alternativas para absorver os custos dentro do teto fiscal.
A expectativa é de que a primeira parcela do reajuste seja paga já no próximo mês, beneficiando tanto militares da ativa quanto da reserva.
A aprovação é considerada uma vitória simbólica para a categoria e reforça o esforço do Congresso em atender demandas históricas das Forças Armadas, especialmente em um momento em que o governo busca reconstruir pontes com a caserna após tensões herdadas do último ciclo eleitoral.