Em um movimento que surpreendeu parte do meio político, o PSDB oficializou nesta quarta-feira a filiação de Ciro Gomes, numa tentativa de reorganizar suas forças e recuperar o protagonismo perdido após a evasão de governadores e o enfraquecimento nas urnas desde 2022.
A chegada de Ciro representa, para o partido, uma aposta em figuras experientes os chamados “caciques” que marcaram a história tucana em seus tempos de glória.
A legenda também busca reconquistar espaços em estados estratégicos, como Ceará, Minas Gerais e Goiás, contando com a reaproximação de nomes como Aécio Neves, Marconi Perillo e Beto Richa. O PSDB vive um processo de reconstrução.
Após perder parte de suas lideranças para outras siglas e ver seu eleitorado migrar para novas direitas, o partido tenta se reposicionar entre o liberalismo econômico e o centro democrático.
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A filiação de Ciro, que volta ao ninho tucano depois de mais de duas décadas, é vista como uma tentativa de unir experiência e visibilidade para enfrentar a fragmentação política atual.
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Dirigentes avaliam que a volta de Ciro pode impulsionar o PSDB no Nordeste, região onde o partido perdeu protagonismo nos últimos anos.
Ao mesmo tempo, há quem veja a movimentação como arriscada, já que o ex-ministro carrega um histórico de embates com lideranças tucanas e posições críticas à direita tradicional.
Ainda assim, a cúpula acredita que é hora de apostar em nomes com recall nacional e discurso forte. Em um cenário em que partidos buscam sobrevivência, o PSDB tenta provar que ainda há espaço para a velha raposa política agora com um novo discurso e velhas alianças revisitadas.









