Proposta do governo para frear preços na COP30 não saiu do papel

À medida que a COP30 se aproxima, cresce a preocupação em relação à escalada de preços em Belém (PA), cidade-sede do evento climático internacional marcado para novembro de 2025.

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A proposta do governo federal de implementar medidas de controle para evitar abusos na rede hoteleira, no setor de transportes e na alimentação ainda não saiu do papel, gerando críticas de ambientalistas, entidades civis e da população local.

A expectativa é que a COP30 atraia milhares de delegações estrangeiras, representantes da sociedade civil e autoridades de mais de 190 países, o que deve provocar aumento na demanda por hospedagem e serviços.

No entanto, sem regulamentação efetiva, o risco de preços exorbitantes preocupa, especialmente porque Belém não possui infraestrutura comparável à de outras capitais que já sediaram eventos internacionais de grande porte.

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O governo havia anunciado a criação de uma força-tarefa envolvendo a Casa Civil, o Ministério do Turismo, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e órgãos estaduais para monitorar práticas abusivas. Entretanto, até o momento, nenhuma ação concreta foi apresentada.

O Procon do Pará informou que recebeu denúncias preliminares sobre a alta de preços de hotéis desde o anúncio do evento. Organizações locais também pedem atenção para que os moradores de Belém não sejam prejudicados com a elevação geral do custo de vida.

“A COP30 precisa deixar um legado positivo e não aprofundar desigualdades”, afirmou em nota a Rede Brasileira de Justiça Ambiental.

O governo federal promete detalhar novas medidas até outubro, mas, com o prazo apertado, há pressão para que as ações sejam implementadas o quanto antes.

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