O governo de Nicolás Maduro anunciou o fechamento das fronteiras da Venezuela e a prisão de Juan Pablo Guanipa, aliado da líder oposicionista María Corina Machado, a poucos dias das eleições regionais e parlamentares, marcadas para este domingo, 25 de maio.
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Guanipa, que estava foragido desde julho de 2024, foi capturado sob acusação de envolvimento em uma suposta rede terrorista que planejava atos violentos durante o pleito.
O ministro do Interior, Diosdado Cabello, divulgou imagens da prisão mostrando Guanipa algemado e escoltado por policiais encapuzados. Segundo ele, foram apreendidos dispositivos eletrônicos com evidências da trama.

Guanipa, em sua conta no X (antigo Twitter), denunciou a prisão como um “sequestro” e reafirmou seu compromisso com a luta contra o regime.
Além dele, outros opositores e estrangeiros foram presos, totalizando mais de 50 “mercenários”, segundo o governo, acusados de tentar sabotar as eleições.
Em resposta, as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do país foram fechadas entre os dias 23 e 26 de maio, como medida de segurança preventiva contra ameaças internas e externas.
Cerca de 400 mil efetivos de segurança foram mobilizados para acompanhar o processo eleitoral.
No entanto, organizações de direitos humanos denunciaram a repressão política e as prisões como estratégia para enfraquecer a oposição.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, manifestou preocupação com a crise política e com as alegações de fraude nas eleições presidenciais de julho de 2024, que a oposição afirma ter vencido.
As eleições deste domingo serão observadas de perto por analistas e entidades internacionais, que temem que a repressão e restrições comprometam a legitimidade do pleito.