Desaprovação ao governo Lula atinge recorde de 57%, revela pesquisa Quaest

O governo Lula enfrenta um cenário de desaprovação crescente, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (5). Pela primeira vez, a reprovação atinge 57% o maior índice do mandato, enquanto a aprovação caiu para 40%. Os dados indicam um país dividido, com Lula recuperando terreno apenas no Nordeste, onde 54% aprovam a gestão, mas enfrentando altos índices de desaprovação no Sudeste (64%), Sul (62%) e Centro-Oeste/Norte (55%).

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No recorte por gênero, a desaprovação entre as mulheres subiu para 54%, com apenas 42% de aprovação, enquanto entre os homens permanece em 59%. Pretos agora aprovam mais (52%) do que desaprovam (46%), cenário que se inverte entre pardos (56% de desaprovação) e brancos (62%). A faixa etária mais jovem (16 a 34 anos) mostra um leve recuo na rejeição (60%, antes 64%), mas o grupo de 35 a 59 anos tem desaprovação em alta (59%). Entre os idosos (60+), há empate técnico, com 52% de aprovação e 45% de desaprovação.

A escolaridade também revela contrastes, no ensino fundamental, há empate técnico (50% aprovam, 47% desaprovam), mas entre quem tem ensino superior, 64% reprovam. Nos estratos de renda, o empate técnico acontece para quem ganha até dois salários mínimos (50% a 49%), enquanto a desaprovação ainda domina nas faixas mais altas. O recorte religioso mostra que católicos passaram a desaprovar mais (53%) do que aprovam (45%), e entre evangélicos a rejeição continua elevada, em 66%.

Entre beneficiários do Bolsa Família, a maioria aprova o governo (51%), mas entre os não beneficiários, 61% desaprovam. A avaliação entre eleitores de Lula em 2022 mostra maior fidelidade (74% de aprovação), em contraste com os eleitores de Bolsonaro, onde a desaprovação chega a 91%.

No geral, a percepção de que o governo atual está pior que o primeiro mandato de Lula (2003-2010) aumentou para 56%. Já em relação ao governo Bolsonaro, 44% consideram a atual gestão pior, enquanto 40% acham melhor. Por fim, 61% dos entrevistados avaliam que o Brasil está no caminho errado índice que também subiu desde a última pesquisa.

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