Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump iniciou um diálogo com o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymir Zelensky agindo como um mediador da paz. Em sua campanha eleitoral, chegou até prometer o fim da guerra em “24 horas” de mandato. Mas sabemos que o buraco é mais embaixo!
LEIA TAMBÉM: Moraes: relator no caso de Eduardo Bolsonaro. Traidor da pátria?
Autodeclarado interlocutor da paz, desde o início de seu mandato, como uma criança mimada, impôs uma série de condições – de uma forma um tanto autoritária – para os dois lados porem um final à guerra.
Dê olhos nas reservas de minerais de terras raras na Ucrânia, Trump chegou a chamar Zelensky para uma conversa no Salão Oval, onde o presidente Ucraniano saiu humilhado após uma discussão acalorada em frente aos jornalistas.
“Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria“, disse Trump na época.
“Terras raras” é um termo utilizado para descrever 17 elementos quimicamente semelhantes essenciais na produção de smartphones, computadores e uma série de equipamentos eletrônicos de ponta.
Após o teatro realizado no salão oval com o presidente Zelensky, o diálogo entre Trump e com Putin continuava acontecendo, mas não necessariamente funcionando – cada um de olho em seus próprios interesses.
Após diversas tentativas de negociações de paz e de cessar-fogo, nesta semana, Trump chamou Putin de “completamente louco” por continuar os ataques contra a Ucrânia.
“O que diabos aconteceu com ele? Está matando um monte de gente“, disse Trump, pouco antes de chamá-lo de louco nas redes sociais.
“Sempre tive uma relação muito boa com Vladimir Putin da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ficou absolutamente LOUCO!”, disse Trump após um ataque russo extremamente violento de drones contra a Ucrânia.
Como resposta às ofensas de Donald Trump à Rússia, Dmitry Peskov, porta-voz de Putin, após agradecer a ajuda dos Estados Unidos nas negociações de paz, declarou de forma diplomática:
“É uma conquista muito importante. Ao mesmo tempo, claro, este é um momento muito importante que está ligado a uma sobrecarga emocional de todos os envolvidos e a reações emocionais.”
Como sempre, o Kremlin demonstrou não se abalar com ameaças externas, agindo de maneira fria premeditada desde o início da guerra, em que uma série de sanções foram impostas por diversos países contra a Rússia, e afirmou também que as críticas de Trump não afetarão troca de presos entre os dois países em conflito.