No último dia 31 de agosto, Fernando Haddad, ministro da Fazenda utilizou de resultados obtidos em operação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) para defender a PEC da Segurança Pública.
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Segundo Haddad, o combate ao crime organizado deve ser tratado como política de Estado, o que exige maior coordenação e integração entre os órgãos de segurança do país, princípio central da proposta de emenda à Constituição.
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“O governo está dando uma resposta coordenada contra o crime organizado, e espero que essa coordenação entre nós e com os estados subnacionais se intensifique… Para combater o crime organizado como uma política de Estado.”
A operação revelou um esquema de combustíveis comandado pelo PCC que funcionava há pelo menos quatro anos em mais de 10 estados. Estima-se que o grupo tenha movimentado cerca de R$52 bilhões no período.
Grande parte desse dinheiro circulava por meio de fintechs, o que facilitava o ocultamento das movimentações financeiras, já que essas instituições não são fiscalizadas pela Receita Federal da mesma forma que os grandes bancos.
Em entrevista à Globo, Haddad defendeu que as fintechs passem a ser reguladas com os mesmos critérios aplicados às instituições bancárias tradicionais, o que permitiria maior transparência nos extratos e movimentações e dificultaria a lavagem de dinheiro pelo crime organizado.