As despesas da União com a locação de veículos atingiram R$ 579,3 milhões no primeiro semestre de 2025, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Esse valor representa um aumento real de 50,1% em comparação aos R$ 386 milhões registrados no mesmo período de 2024, de acordo com dados do Tesouro Nacional.
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Esse montante é o mais elevado desde 2011, ano em que começou a série histórica das estatísticas. Ao considerar os custos acumulados nos primeiros semestres de 2023, 2024 e 2025, o total chega a R$ 1,3 bilhão, uma cifra 15,9% superior ao montante acumulado nos primeiros semestres do governo Jair Bolsonaro (2019-2022), que foi de R$ 1,1 bilhão.
As variações anuais mostram o impacto da pandemia na gestão dos recursos públicos: em 2021, houve uma redução de 29,6% em relação a 2020, com os gastos caindo de R$ 314,4 milhões para R$ 221,3 milhões no primeiro semestre. Já em 2022, houve uma recuperação, com alta de 26,5%, atingindo R$ 279,9 milhões.
Dados anteriores também apontam que o gasto anual total com aluguel de veículos em 2024 alcançou R$ 1,02 bilhão — o segundo maior da história, atrás apenas do registro de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, quando o gasto foi de R$ 1,08 bilhão.
Apesar do aumento expressivo, os relatórios oficiais ainda não detalham quais órgãos ou áreas administrativas foram responsáveis por essa alta nos custos. Consultados pela imprensa, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Tesouro Nacional não responderam até a publicação das reportagens.