Durante transmissão ao vivo em seu canal no YouTube neste domingo, 20 de julho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que não pretende renunciar ao cargo, mesmo com o encerramento da licença de 120 dias concedida pela Câmara.
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Eduardo ressaltou que, apesar de estar nos Estados Unidos e enfrentar investigações no Supremo Tribunal Federal, pretende levar o mandato por mais três meses, e afirmou com convicção:
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia”.
Ele explicou que, com o término da licença, que passou por um período de recesso, a retomada do exercício parlamentar é automática, inclusive com a volta da remuneração mensal de R$ 46,3 mil. Eduardo também fez referência ao limite de faltas permitido pela Câmara, o que evita risco imediato de perda do mandato.
O deputado voltou a criticar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que, se voltasse ao Brasil, seria preso.
“Não vejo a possibilidade de eu voltar agora, porque, se eu voltar, o Alexandre vai me prender”, declarou, enfatizando sua estratégia de deixar o tempo correr e perder o mandato por faltas se necessário.
Eduardo informou que está nos EUA por causa de seu país, e reiterou o objetivo de articular sanções ao STF — inclusive as que já foram iniciadas com apoio externo — com o intuito de tirar Alexandre de Moraes do topo do Judiciário.
Ele ressaltou também que defende a anistia para o ex‑presidente Jair Bolsonaro, destacando que qualquer acordo político não será apenas para Bolsonaro, mas para todos os que são vítimas de perseguição pelo sistema.
Conforme relatado pela Gazeta do Povo, Eduardo afirmara estar disposto a se sacrificar para atingir seu objetivo e repetiu que a medida de suspensão do visto de ministros do STF pelos EUA representa apenas o início de uma série de ações a serem tomadas.
Autoridades do PL articulam caminhos para evitar a perda do mandato, incluindo propostas de novas licenças sem remuneração ou mudanças regimentais que permitam o cumprimento remoto de funções — alternativas que ainda não avançaram na Câmara.
Este cenário político reforça a tensão entre o parlamentar, o STF e o governo, enquanto Eduardo Bolsonaro sinaliza que seguirá atuando de forma ativa, mesmo à distância, com amplo apoio internacional e retórica cada vez mais assertiva.