O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou nesta sexta-feira, 18 de julho, sua gratidão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, pela revogação do visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de outros integrantes da Corte e seus familiares.
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Em postagens no X, Eduardo afirmou: “Muito obrigado presidente Donald Trump e secretário Marco Rubio. Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também – ou quem sabe até perderão seus vistos”, apontando que a medida impõe um custo real àqueles que, em sua visão, “sustentam o regime”.
O deputado reforçou o tom de alerta e torcida por novas iniciativas: “Eis o CUSTO MORAES para quem sustenta o regime. De garantido só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir!”. O influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou que as próximas sanções podem ser ainda “mais duras que a Lei Magnitsky”.
O apoio dos EUA ocorre apenas um dia após o secretário Marco Rubio anunciar que, em resposta às cautelares aplicadas por Moraes — incluindo tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro, proibição de contato com embaixadas, uso de redes sociais e comunicação com investigados —, o visto do ministro, de ministros aliados e de seus familiares foi imediatamente revogado.
Rubio justificou a ação como uma resposta à “censura à expressão protegida nos Estados Unidos”, em uma “caça às bruxas política” conduzida além das fronteiras brasileiras.
A revogação do visto integra um esforço maior do governo Trump — que já havia anunciado tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros — para punir supostas arbitrariedades do STF e defender aliados de Bolsonaro.
Enquanto opositores no Brasil comemoram como uma vitória diplomática, o governo Lula e setores do Judiciário enxergam o ato como uma grave interferência na soberania nacional, potencialmente abrindo precedentes perigosos. Eduardo Bolsonaro, ao mencionar que “não haverá marcha ré”, sugere estar se direcionando diretamente à Casa Branca em busca de apoio contra decisões do STF.