Em meio ao temor que se espalhou por conta de intoxicação ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no país recebeu um alerta. Os casos recentes de intoxicação, registrados em diversas partes do país, apontam para a adulteração com metanol, uma substância tóxica que, quando ingerida, causa danos irreversíveis como cegueira, falência múltipla dos órgãos e, em muitos casos, óbito.
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O Deputado Kiko Celeguim (PT-SP), relator do projeto de lei que visa endurecer a fiscalização e as penas para esse tipo de crime, afirmou na noite de sábado (11) que a situação não pode mais ser tratada como “ação isolada” e sugere a ligação com organizações criminosas.
O parlamentar criticou o que chamou de tentativa de minimizar o papel do crime organizado na crise das bebidas falsificadas, especialmente em São Paulo.
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“Falar em falsificação de bebidas sem reconhecer a influência de grandes quadrilhas é fechar os olhos para a realidade. Essa é uma estrutura que exige investimento, maquinário e logística — não é ação isolada, é operação criminosa,” afirmou Celeguim à CNN.
Diante da urgência do tema, que foi incluído na lista de pautas prioritárias do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), Celeguim trabalha nos detalhes finais do relatório.

Metanol deixa rastro de mortes em outros países
A intoxicação por metanol, a substância tóxica encontrada nas bebidas adulteradas brasileiras, é um problema recorrente em escala global, segundo o Médicos Sem Fronteiras.
Nos últimos anos, surtos fatais foram registrados em países como:
- Índia: O país enfrenta episódios recorrentes, com tragédias que deixaram mais de 150 mortos em Assam (2019) e 120 mortos em Punjab (2020), problema ligado ao álcool clandestino.
- Rússia: Em setembro de 2025, na região de Leningrado, 25 pessoas morreram após consumirem álcool adulterado. O consumo de substitutos de álcool
- Laos e Indonésia: Destinos turísticos também foram afetados. No Laos, turistas de diversas nacionalidades, incluindo australianos e britânicos, faleceram após ingerir bebidas adulteradas.
Dicas de prevenção e alerta para consumidores
Diante do aumento dos casos por intoxicação por meio de bebidas alteradas cladestinamente a segurança do consumidor deve ser prioridade. Autoridades de saúde e órgãos de fiscalização, como o Procon, recomendam cautela redobrada na compra e no consumo de destilados.
Desconfie de Preços Baixos e Compre de Fontes Confiáveis: Destilados com preços muito abaixo da média de mercado são o principal indicador de que o produto pode ser falsificado.
Selo Fiscal e Lacre: Verifique se o selo fiscal (federal ou estadual), o lacre e o código de barras estão íntegros e sem sinais de violação.
Em bares e restaurantes: sempre verifique a garrafa antes que ela seja aberta. Se a bebida for servida em shots ou doses, solicite que a garrafa seja mostrada na sua presença.
O que fazer em caso de sintomas?
Se houver suspeita de consumo ou manifestação de sintomas, procure imediatamente o socorro médico (pronto-socorro ou hospital). O tratamento com o antídoto (etanol ou, em casos graves, fomepizol) deve ser administrado o mais rápido possível para evitar sequelas permanentes.









