Os ministros da Primeira Turma do STF condenaram por unanimidade nesta quarta-feira (14), a deputada federal Carla Zambelli do PL de São Paulo a 10 anos de prisão. A causa da condenação é por anexação de documentos falsos e por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A turma determinou a perda do mandato de Zambelli assim que a decisão se tornar definitiva.
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Além da deputada, o hacker Walter Delgatti, responsável pela invasão foi condenado a 8 anos de prisão pelo mesmo motivo da deputada. Os dois terão que responder por falsidade ideológica e crimes de invasão de dispositivo informático, além de ter que pagar uma multa conjunta de R$ 2 milhões.
Segundo a investigação, eles anexaram documentos falsos no sistema. Um exemplo é o mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes. A denúncia aponta que Zambelli é a “cabeça” da invasão dos sistemas, sendo a autora intelectual do ataque.
Outra acusação é de que, entre agosto de 2022 a janeiro de 2023, Walter Delgatti invadiu diversas vezes dispositivos e adulterou dados, mandados de prisão e até alvarás de soltura.
Em nota, a defesa da deputada diz que “Zambelli foi julgada e condenada sem provas incontestáveis”. Ainda cabe recurso da defesa.
Leia a nota da defesa da deputada
“A defesa da deputada Carla Zambelli novamente externa sua irresignação, não somente pelo voto proferido que arbitrariamente julgou procedente as acusações, mas especialmente pelas inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa ocorrido. Além disso, apesar do enorme respeito que se tem para com os Eminentes Ministros da 1ª Turma da Suprema Corte, inadmissível que o processo não tenha sido submetido a julgamento presencial ou virtual com a possibilidade de sustentação oral na presença dos julgadores, bem como, que ainda não tenha sido disponibilizada ao menos audiência com os integrantes da Turma julgadora para que a defesa possa apresentar memoriais e externar pontos importantes do processo. Absolutamente injusto que a Deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas, ainda mais por fatos que desconhecia, como por exemplo os alvarás falsos que o mitômano Walter fez para seu primo e terceiras pessoas. Saliente-se que jamais se deixará de acreditar na Justiça e se espera que algum dos Ministros possa pedir vistas e examinar todos os argumentos lançados pela defesa e, futuramente, modifique o rumo sugestionado pelo Relator”.
