O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta semana que não vê qualquer impedimento ou desconforto institucional na aproximação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com autoridades dos Estados Unidos.
A declaração foi dada durante um evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao ser questionado sobre a viagem do governador a Washington.
Alckmin destacou que é natural que governadores busquem parcerias internacionais que tragam investimentos e oportunidades para seus estados.
“Não vejo problema algum. Governadores têm autonomia para promover relações exteriores que sejam benéficas para sua população”, afirmou.
A fala também reforça a tentativa do governo federal de manter um tom institucional diante de possíveis tensões políticas.A viagem de Tarcísio, ex-ministro de Jair Bolsonaro e potencial presidenciável em 2026, gerou comentários nos bastidores sobre seu alinhamento com a política externa norte-americana e suas movimentações políticas para além de São Paulo.
Na capital dos EUA, ele tem encontros com representantes do Banco Mundial e do Departamento de Estado, além de empresários do setor de infraestrutura.Embora tenha evitado qualquer crítica direta, Alckmin aproveitou para reforçar que o Brasil precisa de diálogo entre as esferas de poder e uma atuação colaborativa entre União, estados e municípios.
“O importante é que todos estejamos comprometidos com o desenvolvimento do país, seja aqui ou fora”, disse o vice-presidente.
Nos bastidores de Brasília, o movimento de Tarcísio é observado com atenção. Aliados do Palácio do Planalto avaliam que, apesar da cordialidade de Alckmin, o entorno de Lula monitora os passos do governador paulista, especialmente diante de sua crescente projeção nacional e dos sinais de articulação com setores do empresariado internacional.