O Elevador da Glória, um dos principais símbolos de Lisboa, descarrilou e tombou nesta quarta-feira (3), deixando ao menos 16 mortos e 23 feridos — entre eles uma criança de 3 anos em estado estável e cinco pessoas em estado grave, segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP).
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O acidente ocorreu por volta das 18h05 no horário local (14h05 em Brasília), quando o funicular, que liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, saiu dos trilhos e colidiu violentamente contra um prédio na Calçada da Glória. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o veículo destruído. Testemunhas relataram que o bondinho “se despedaçou como uma caixa de papelão”.
As autoridades ainda investigam a causa. Enquanto a emissora SIC aponta a ruptura de um cabo como principal hipótese, a RTP fala em falha nos freios. O Ministério Público de Portugal abriu inquérito, e a Carris, empresa responsável pelo transporte, afirmou que os protocolos de segurança foram cumpridos e que também fará uma apuração interna.
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O governo português decretou luto nacional nesta quinta-feira (4). Em comunicado, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa manifestou “profundo pesar” e solidariedade às famílias. O governo brasileiro também enviou condolências, mas confirmou que não há vítimas brasileiras. Entre os feridos, estão cidadãos portugueses e estrangeiros, incluindo dois espanhóis.
Inaugurado em 1885 e considerado um dos funiculares mais antigos em funcionamento no mundo, o Elevador da Glória havia passado por uma grande reparação em 2022 e manutenção periódica em 2024. Após a tragédia, a Câmara Municipal de Lisboa suspendeu preventivamente os outros dois bondinhos da cidade — Bica e Lavra — para verificar condições de segurança.