Na manhã da última terça-feira (15), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizaram uma operação de grande escala contra uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras envolvendo o sistema de pagamentos PIX.
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Batizada de Magna Fraus, a operação resultou na recuperação de R$ 5,5 milhões em criptomoedas que haviam sido desviados por meio de ataques hackers a sistemas de intermediação financeira ligados ao PIX. O golpe foi realizado em parceria com empresas que fazem a conexão entre o Banco Central e as instituições financeiras.
Os criminosos se aproveitaram de vulnerabilidades no sistema para roubar fundos de contas bancárias e realizar transações fraudulentas em grande escala. De acordo com a PF, os bandidos conseguiram converter o dinheiro roubado em criptoativos, dificultando o rastreamento das transações. No total, o esquema criminoso resultou em um desvio estimado de R$ 500 milhões.
A operação visou desmantelar a organização, que estava operando de forma articulada, e bloquear contas envolvidas no esquema fraudulento. Além das criptomoedas recuperadas, a operação resultou no bloqueio de diversos ativos digitais em uma ação coordenada com plataformas de câmbio de criptomoedas e instituições financeiras.
A operação Magna Fraus envolveu um esforço conjunto de diferentes órgãos de segurança pública e gerou resultados rápidos e significativos, com a prisão de vários envolvidos no esquema de fraudes. A investigação está em andamento, e a PF afirmou que novos mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos nos próximos dias.
O uso de criptomoedas em crimes financeiros é uma preocupação crescente para as autoridades, que veem o mercado de moedas digitais como uma área de alta vulnerabilidade para a realização de fraudes sofisticadas. A operação Magna Fraus é mais um exemplo de como os criminosos têm utilizado o PIX e outras plataformas de pagamento digital para realizar fraudes em larga escala, colocando em risco a confiança no sistema financeiro digital do país.