Ver auroras boreais são o sonho de vários turistas no mundo inteiro. Ver aquelas luzes roxas e verdes dançando no céu é facilmente descrito como uma das maravilhas da natureza. No entanto, para que esse fenômeno occora, é necessário que particulas carregadas de ejeções de massa coronal (CMEs) do sol atingam a magnetosfera da terra. Chame de sorte ou azar, o que está acontecendo agora no Polo Norte é uma tempestade solar “canibal”: quando duas CMEs se encontram antes de atingir o campo magnético da terra. Resultado? Um espetáculo bonito até demais para a rede elétrica europeia.
Chegando a lugares tão ao sul quanto a Florida e Portugal, as auroras boreais que tem acontecido por causa dessa tempestade “canibal” apareceram em lugares completamente inesperados.
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Apesar do espetáculo lindo, as tempestades geomagnéticas podem atrapalhar comunicações, a rede elétrica e até operações de satélite. O Centro Espacial de Previsão do Tempo dos Estados Unidos disse que notificou operadores dessas instituições sobre a tempestade para que pudessem se preparar.
O Serviço Geológico Britânico acreditava incialmente que a atividade solar poderia atingir ao nível G5 — uma tempestade geomagnética extrema ou a maior da escala.
Consequências para Bezos
Jeff Bezos, dono da Blue Origin, foi um dos que sentiu na pele os efeitos negativos da tempestade. Sua empresa teve que adiar o lançamento de satélites gêmeos — parte da missão Escapade da Nasa.
Atualização NG-2: O New Glenn está pronto para lançamento. Contudo, devido à atividade solar extremamente elevada e seus possíveis efeitos na espaçonave ESCAPADE, a Nasa está adiando o lançamento até que as condições climáticas espaciais melhorem. Estamos atualmente avaliando oportunidades para estabelecer nossa próxima data de lançamento”, Disse a Blue Origin pelo X.
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A nova data de lançamento dos satélites ficou para esta quinta-feira (13) e deve acontecer pelo fim da tarde.
O que causou a tempestade?
Três explosões do tipo mais potente — as erupções solares classe X — foram registradas, seguidas por várias ejeções de massa coronal, grandes nuvens de partículas lançadas pelo Sol. Todas essas ocorrências tiveram origem em uma região particularmente ativa de manchas solares, identificada como AR 14274.
Essa área ainda tem potencial para gerar novas erupções, mas, conforme o Sol gira, ela se afasta da Terra, diminuindo as chances de impactos diretos. Mesmo assim, os efeitos recentes foram expressivos: a explosão de terça-feira desencadeou a maior tempestade de partículas solares desde 2005 e provocou o campo geoelétrico mais intenso já registrado pelo Serviço Geológico Britânico desde o início de suas medições, em 2012.
