É concedida prisão domiciliar a Roberto Jefferson

Você se lembra da cena típica de filmes de faroeste? Um homem acuado dentro de casa, cercado por homens da lei, que começa a tirar em todas as direções em sinal de desespero para se salvar. Com armamento pesado, Roberto Jefferson deu mais de 50 tiros de fuzil e jogou três granadas contra os agentes da Polícia Federal.

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Os policiais estavam ali para cumprir um mandado de prisão contra ele por incitação de ataques aos Poderes da União, homofobia, calúnia e incitação ao dano, crimes pelos quais pegou mais de 9 anos de prisão. Seus vídeos agressivos e que violam o primeiro mandamento da Igreja Católica podem muito bem ser comparados aos que Silas Malafaia continua a divulgar nas redes sociais.

Devido à problemas de saúde, Roberto Jefferson, que está com 71 anos, teve a sua prisão em sistema fechado convertida para prisão domiciliar. Não sabemos se irá para um duplex de 600 metros quadrados, como nosso ex-presidente impichado Fernando Collor de Mello, mas sabemos que sofrerá algumas restrições, como uso de tornozeleira eletrônica, retenção de passaporte, visitas restritas a familiares e advogados e saídas permitidas somente em emergências médicas, que devem ser justificadas dentro do prazo de 48 horas.

Caso violada alguma destas restrições, volta para sistema fechado! A pergunta é: será que Jeffinho conseguirá ficar com a boca fechada?

Autor

  • Ricardo Lacava

    Veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar, Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau”.

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