A Suprema Corte dos Estados Unidos sinalizou que poderá reverter leis estaduais que proíbem as chamadas terapias de conversão para menores de idade. O caso foi levado ao tribunal por Kaley Chiles, conselheira licenciada no Colorado, que alega que a legislação estadual viola seu direito à liberdade de expressão, garantido pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana.
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Durante a audiência, juízes da ala conservadora demonstraram apoio à tese de que o Estado não pode censurar profissionais por suas palavras, mesmo em contextos terapêuticos. Chiles afirma que sua abordagem é baseada na fé e que é oferecida apenas a pacientes que a procuram voluntariamente, rejeitando o termo “terapia de conversão”.
Por outro lado, organizações médicas e psicológicas, como a Associação Americana de Psiquiatria (APA), condenam essas práticas, classificando-as como antiéticas e prejudiciais. Estudos apontam que jovens submetidos a terapias de conversão têm maior risco de depressão, ansiedade e ideação suicida.
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Atualmente, mais de 20 estados americanos proíbem esse tipo de tratamento para menores de idade. Uma eventual decisão favorável da Suprema Corte poderá invalidar essas leis, provocando impactos diretos sobre políticas públicas de saúde mental e proteção de jovens LGBTQIA+.
A decisão final está prevista para junho de 2026. Enquanto grupos religiosos celebram a possível reversão, ativistas LGBTQIA+ alertam para os riscos de retrocessos nos direitos civis e reforçam a necessidade de proteção legal contra práticas consideradas nocivas.









