O serviço secreto da Rússia afirmou nesta segunda-feira ter impedido uma suposta tentativa de atentado preparada por agentes ucranianos contra “um dos mais altos funcionários do governo russo”. A declaração, divulgada por meio de nota oficial, não identificou o alvo da operação nem detalhou sua posição exata dentro da hierarquia do Kremlin.
De acordo com a agência russa de segurança, o plano teria sido descoberto durante uma investigação que monitorava comunicações e movimentações suspeitas na fronteira oeste do país. Segundo o comunicado, os envolvidos estariam preparando explosivos e mapeando rotas utilizadas regularmente pela autoridade russa.
A Rússia afirma ter detido vários suspeitos ligados ao caso, mas não divulgou suas identidades. As autoridades classificaram a ação como uma “provocação planejada” e disseram que a operação frustrada reforça o que chamam de tentativa contínua da Ucrânia de “desestabilizar” instituições estatais russas.
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A Ucrânia, por sua vez, não comentou diretamente a acusação, mas autoridades do país têm reiterado que Moscou costuma utilizar alegações desse tipo para justificar medidas internas e intensificar a retórica em meio ao conflito. Observadores internacionais destacam que tanto a falta de transparência quanto a natureza sensível do caso dificultam a verificação independente das informações.
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Analistas lembram que tensões entre os dois países continuam elevadas, e alegações de espionagem, sabotagem e operações clandestinas se tornaram frequentes desde o início da guerra. Mesmo assim, a menção a um suposto plano para atingir uma figura de alto escalão do governo russo aumenta a gravidade das acusações.
As autoridades de Moscou afirmaram que novas medidas de segurança serão adotadas e que outras investigações estão em andamento. A expectativa é que o governo divulgue mais detalhes nos próximos dias, embora especialistas alertem que informações adicionais podem permanecer restritas devido ao caráter sigiloso das operações de inteligência.









