Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram oficialmente o Estado da Palestina neste domingo (21), em pronunciamentos separados. Os países se anteciparam ao grupo de dez nações que deverão fazer o mesmo esta semana na Conferência de Alto Nível sobre Palestina, que ocorre paralelamente à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

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O Reino Unido e o Canadá são os primeiros países do G7, grupo que reúne algumas das principais economias do mundo, a reconhecer o Estado oficial da Palestina.

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“Hoje, para reavivar a esperança de paz e de uma solução de dois Estados, declaro claramente — como primeiro-ministro deste grande país — que o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina”, afirmou Starmer em uma declaração em vídeo no X.

O primeiro-ministro britânico, Keir Stamer, estava sob pressão do seu Partido Trabalhista – mais de 130 deputados assinaram uma carta em favor do reconhecimento da Palestina -, mas decidiu esperar o fim da visita ao seu país feita pelo presidente americano, Donald Trump, para oficializar o anúncio.

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O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, ofereceu “parceria na construção da promessa de um futuro pacífico tanto para o Estado da Palestina quanto para o Estado de Israel”. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, também reconheceu o Estado da Palestina. “Ao fazê-lo, a Austrália reconhece as aspirações legitimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio”, afirmou Albanese em um comunicado.

Além dos três países, Portugal também se pronunciou e passou a integrar o grupo de mais de 140 nações que já haviam reconhecido oficialmente o Estado da Palestina, com o Brasil incluso.

O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, diz que “defende a solução de dois Estados como o único caminho para uma paz justa e duradoura”. Acrescentou dizendo que “um cessar-fogo é urgente” e que o Hamas “não pode ter qualquer forma de controle em Gaza ou fora dela”.

O Estado da Palestina

A solução de dois Estados, um da Palestina e o outro de Israel, refere-se à criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital. Essa divisão segue as linhas que existiam antes da guerra árabe-israelense de 1967, na qual as forças israelenses capturaram e ocuparam o território da Cisjordânia e Jerusalém Oriental (que até então era governada pela Jordânia).

O Estado da Palestina é atualmente reconhecido por cerca de 75% dos 193 Estados-membros da ONU, mas não possui fronteiras, capital ou exército internacionalmente acordados, o que torna o reconhecimento amplamente simbólico.

A Autoridade Palestina, criada na esteira dos acordo de paz na década de 1990, não detém o controle total de seu território ou de seu povo devido à ocupação militar israelense na Cisjordânia. Em Gaza, onde Israel também é a potência ocupante, o Hamas é o único governante desde 2007.

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