O presidente do Congresso Nacional de Honduras afirmou, nesta quarta-feira (10), que não vai validar o resultado das eleições presidenciais realizadas no fim de novembro no país.

Segundo Luis Redondo, o processo eleitoral foi “manchado por pressões internas de estruturas do crime organizado ligadas ao narcotráfico, pressões externas e pela violação direta da liberdade dos eleitores”.
Redondo denunciou um golpe eleitoral no pleito, ecoando uma fala dita pela presidente Xiomara Castro na quarta.
A apuração dos votos está sendo feita desde o dia da eleição, 30 de novembro. Até o momento, com 99,4% das atas apuradas, o candidato Nasry Asfura, apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, somava 40,52% dos votos, contra 39,20% para Salvador Nasralla.
Após concluida a apuração, o Conselho nacional Eleitoral (CNE) afirmou que vai revisar 2773 atas de votação com “inconsistências”.

Essa não é a primeira denúncia de fraude nas eleições do país. Os dois rivais de Asfura, Salvador Nasralla e Rixi Moncade também acusaram manipulação no processo. Além deles, a presidente do país, Xiomara Castro, também acusou fraude.
Leia mais: Tarifa da Sabesp terá reajuste de 6,11% em janeiro de 2026
“Vivemos um processo marcado por ameaças, coação, manipulação do Trep [sistema de resultados preliminares] e adulteração da vontade popular”, denunciou Xiomara, em sua primeira declaração após a votação de 30 de novembro.
Confira “Filhos do Silêncio” de Andrea dos Santos
Segundo a agência de noticias France-Presse (AFP), as suspeitas de fraude são alimentadas por sucessivas falhas de informática, que afetaram a apuração e a divulgação dos resultadps, a cargo da empresa colombiana ASD. Soma-se a isso a politização do CNE, cujo plenário é formado por representantes dos três partidos Majoritários.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/y/B/r289AxTVSHTwo6LgAbLw/2025-11-21t191907z-1157147067-rc2x0ia16btx-rtrmadp-3-honduras-election.jpg)









