ONU exige cessar-fogo após ataque russo devastar Kiev

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o ataque russo à capital ucraniana, ocorrido em 28 de agosto de 2025, que deixou ao menos 17 mortos e dezenas de feridos. O bombardeio, realizado com mísseis hipersônicos e drones, atingiu áreas civis e estruturas diplomáticas, provocando forte comoção internacional.

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Em resposta, Guterres renovou o apelo por um cessar-fogo imediato e sustentável, destacando a urgência de negociações que respeitem a soberania da Ucrânia e os princípios do direito internacional.

Ataque aéreo atinge civis e estruturas diplomáticas

Na madrugada de 28 de agosto, Kiev foi alvo de um dos maiores bombardeios desde o início da guerra, com 598 drones e 31 mísseis russos.

O ataque matou pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro crianças, e destruiu prédios residenciais, uma escola, um shopping e escritórios diplomáticos da União Europeia e do British Council.

Segundo o Exército ucraniano, dois dos mísseis utilizados eram do tipo supersônico Kinzhal, capazes de escapar de sistemas de defesa convencionais.

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Moradores relataram explosões intensas e correram para abrigos subterrâneos. “Os vidros voavam. Gritamos quando as bombas explodiram”, disse Galina Shcherbak, sobrevivente local.

Foto: Reprodução/Serviço de Emergência da Ucrânia via Reuters
Foto: Reprodução/Serviço de Emergência da Ucrânia via Reuters

Guterres pede paz justa e duradoura

António Guterres afirmou que os ataques contra civis violam o direito internacional humanitário e são “inaceitáveis”, exigindo cessar-fogo imediato e negociações por uma paz sustentável.

O coordenador humanitário da ONU na Ucrânia, Matthias Schmale, declarou que “algumas famílias jamais verão seus entes queridos novamente”, após visitar áreas atingidas.

Guterres reforçou que qualquer acordo deve respeitar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, conforme a Carta da ONU e resoluções internacionais.

A ONU também alertou para o impacto nos trabalhadores humanitários, cujos escritórios foram danificados, dificultando operações de resgate e assistência às vítimas.

Especialistas apontam riscos de escalada

Segundo o professor Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, “a ausência de canais diplomáticos está tornando o conflito cada vez mais imprevisível e perigoso para a Europa e o mundo”.

A pesquisadora ucraniana Olena Tregub, especialista em segurança internacional, afirma que “a intensificação dos ataques mostra que Moscou não está disposta a negociar em boa fé”.

O analista militar russo Pavel Felgenhauer alertou que o uso de mísseis Kinzhal indica uma escalada tecnológica e simbólica, com potencial de ampliar o conflito regional.

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