O Afeganistão foi atingido nesta terça-feira (2) por um novo terremoto de magnitude 5,2, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor ocorreu a 34 km a nordeste de Jalalabad, no leste do país, às 16h59 no horário local, a uma profundidade de 10 km. A região já havia sido devastada no domingo (31), quando um abalo sísmico de magnitude 6 deixou ao menos 1.411 mortos e mais de 3.100 feridos, segundo o governo talibã.
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O terremoto mais recente também foi sentido no noroeste do Paquistão, conforme relatou o Departamento Meteorológico do país, que estimou a magnitude em 5,4. Especialistas alertam que os abalos são particularmente destrutivos devido à baixa profundidade dos epicentros. Terrenos acidentados e vilarejos isolados dificultam os trabalhos de resgate, enquanto organizações humanitárias, como o Crescente Vermelho Afegão, temem que ainda haja vítimas presas sob escombros.
A tragédia mobilizou a comunidade internacional. O Reino Unido anunciou a destinação de 1 milhão de libras para apoiar operações da ONU e da Cruz Vermelha. A Índia informou o envio de 1.000 tendas familiares para Cabul e 15 toneladas de alimentos para a província de Kunar. Já a Unicef declarou que encaminhará medicamentos, roupas, artigos de higiene e intensificou campanha de arrecadação de doações online.
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No Brasil, o Itamaraty lamentou as perdas humanas e materiais e confirmou que não há registro de cidadãos brasileiros entre as vítimas. Em nota, o governo expressou condolências às famílias afetadas e solidariedade ao povo afegão. A região do Hindu Kush, onde o país se encontra, é altamente propensa a terremotos, devido ao encontro das placas tectônicas indiana e eurasiana. O abalo de domingo já é considerado o pior desde 2022, quando outro terremoto de magnitude 6 matou mais de mil pessoas.