Mesmo sem o troféu nas mãos, Yago Dora saiu de Jeffreys Bay como grande destaque da etapa sul-africana da WSL. Após uma sequência de atuações de alto nível, o brasileiro foi vice-campeão do único evento africano do Circuito Mundial, garantiu vaga antecipada no WSL Finals, que decidirá o título mundial de 2025 nas Ilhas Fiji, e assumiu a liderança do ranking, a primeira da sua carreira.
A campanha de Yago em J-Bay foi marcada por emoção e consistência. Nas quartas de final, o paranaense virou no minuto final contra o italiano Leonardo Fioravanti, e venceu por 13.54 a 12.83. Depois, na semifinal, protagonizou um duelo intenso com o americano Griffin Colapinto. Precisando de 7.34 nos minutos finais, Yago brilhou com suas manobras, conseguindo 8.33 dos juízes e vencendo por 16.76 a 16.33, o que garantiu a presença na decisão da etapa pela primeira vez e a liderança no ranking com 51.430 pontos.
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A final poderia ter sido totalmente brasileira, mas Filipe Toledo, que também havia avançado às semis após eliminar o francês Marco Mignot (15.34 a 12.23), acabou superado pelo japonês Connor O’Leary por 16.33 a 14.83. A nota 10 recebida por O’Leary na última onda gerou polêmica, mas garantiu a ele um lugar na grande decisão contra Yago.
Final
Na decisão, Yago Dora saiu na frente com uma boa sequência de manobras que lhe rendeu nota 7.00. O japonês respondeu com um 8.17 e logo depois somou um 7.50, alcançando 15.67 e colocando pressão no brasileiro. Yago ainda lutou até o fim e conseguiu um 7.23, porém, Connor venceu por 15.67 a 14.23 e conquistou seu primeiro título na elite da WSL.
Apesar do vice-campeonato, o paranaense celebra a sexta-feira histórica. Com o desempenho em J-Bay, ele já está matematicamente classificado para o Finals da WSL, que reúne os cinco melhores do ranking entre os dias 27 de agosto e 4 de setembro, nas Ilhas Fiji. Se chegar à semifinal da última etapa regular, em Teahupoo, garante o topo do ranking independentemente dos concorrentes. E se mantiver a liderança até lá, precisará vencer apenas uma bateria para se sagrar campeão mundial pela primeira vez, graças ao novo formato da Liga, anunciado nesta sexta.
Além de Yago, o Brasil segue bem representado no top 5 com Ítalo Ferreira, atualmente na quarta posição. Já Filipe Toledo, com o desempenho em J-Bay, subiu da nona para a sétima colocação e ainda mantém chances de classificação para o Finals.
Novas regras do Finals pela WSL foram divulgadas
A WSL anunciou nesta sexta-feira mudanças importantes no formato do Finals, que definirá o campeão mundial de 2025 em Cloudbreak, nas Ilhas Fiji. A principal novidade é que o surfista que chegar ao evento vestindo a lycra amarela de líder do ranking será campeão caso vença a primeira bateria da final, sem a necessidade de disputar uma melhor de três, como ocorria nas temporadas anteriores.
Além disso, a prioridade da primeira onda será definida antes mesmo do início do relógio, dando ao atleta melhor posicionado no ranking a vantagem de escolher a onda de abertura. As alterações, segundo a liga, buscam tornar a disputa mais justa e valorizar o desempenho ao longo da temporada. A partir de 2026, no entanto, o formato do Finals será descontinuado, fazendo desta edição a última com esse sistema decisivo.