A medalha de ouro conquistada por Yassine Ouhdadi nos 5.000 metros das Paralimpíadas de Paris 2024 está sob ameaça. Segundo o jornal espanhol Marca, o bicampeão paralímpico testou positivo para clostebol, um esteroide anabolizante proibido, e pode ser desclassificado. Além da possível perda do título, o atleta espanhol foi suspenso por três anos.
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Em comunicado publicado nas redes sociais, Yassine Ouhdadi alegou que o resultado positivo teria sido provocado por uma contaminação acidental, afirmando que o esteroide clostebol “está presente em cremes utilizados no tratamento de feridas oftalmológicas e ginecológicas”. Apesar da justificativa, o atleta optou por não recorrer da decisão e aceitou a punição imposta pela WADA (Agência Mundial Antidoping).
“O que inicialmente pensei ser um erro se transformou em um pesadelo pessoal e esportivo. Fui aconselhado a aceitar a sanção e, com isso, tive direito a uma redução na pena. Foi uma escolha difícil, mas necessária para encerrar o processo o quanto antes”. Declarou o espanhol.
O exame antidoping foi realizado em 28 de julho de 2024, pouco antes do início das Paralimpíadas de Paris, em um período em que Ouhdadi não estava competindo. Caso a medalha de ouro seja oficialmente retirada, a Espanha encerrará sua participação nos Jogos com 39 medalhas.

Nascido no Marrocos, Yassine Ouhdadi vive na Espanha desde os seis anos e foi naturalizado em 2019. O atleta nasceu com catarata congênita nos dois olhos, não possui visão no olho esquerdo e enxerga apenas 20% com o direito. Além do ouro em Paris, ele soma uma medalha de ouro e uma de prata no Mundial de 2023, o título paralímpico nos Jogos de Tóquio e dois pódios no Campeonato Europeu de 2021, uma prata e um bronze.