A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou nesta quinta-feira (22) a liberação da Arena Barueri para receber jogos com público reduzido, a partir desta sexta-feira (23). A decisão ocorre dias após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, acusar a entidade de retaliação política pela interdição do estádio, que pertence a uma empresa ligada a ela.
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A Arena havia sido interditada pela FPF com base no artigo 8º do Regulamento Geral de Competições, que proíbe partidas sem público nas competições organizadas pela federação. A justificativa para a solicitação de jogos com portões fechados eram as reformas em andamento no estádio, como a modernização de lanchonetes e a pintura do piso.
Leila, que recentemente declarou apoio a Samir Xaud na eleição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), afirmou que a interdição foi uma retaliação por não ter apoiado o candidato da FPF à presidência da entidade.
“Para mim não foi surpreendente que, depois que não apoiei o candidato da Federação, o estádio tenha sido interditado”, declarou em entrevista à Amazon Prime.
O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, negou qualquer relação entre a interdição e a posição política da dirigente.
“Sempre tivemos uma ótima relação com a presidente Leila e com o Palmeiras. E respeito sua posição política na eleição da CBF”, disse em entrevista ao ge.
A liberação do estádio foi possível após a apresentação de um plano de readequação por parte da administração da Arena Barueri. Entre as medidas previstas estão a instalação de divisórias físicas entre as torcidas, uso exclusivo do quarto andar pelas equipes e acessos separados para torcedores mandantes e visitantes.
Com isso, o Palmeiras poderá voltar a utilizar a Arena Barueri como alternativa ao Allianz Parque. O episódio, no entanto, evidenciou o clima de tensão política entre a presidência do clube e a federação paulista.