O mercado global de petróleo registrou uma alta moderada nos preços nesta segunda-feira (19), sustentada pela melhora nas expectativas de demanda e sinais positivos para a economia mundial. O barril do petróleo Brent para julho avançou 0,20%, fechando a US$ 65,54, enquanto o WTI subiu 0,27%, cotado a US$ 62,14.
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Apesar da abertura do pregão marcada por quedas superiores a 1%, pressionadas por fatores como o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s e a cautela dos investidores diante das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, o mercado conseguiu se recuperar ao longo do dia.
A revisão para cima nas projeções de demanda por petróleo feita pelo banco Goldman Sachs foi fundamental para o otimismo dos investidores; o banco aumentou a expectativa de crescimento global do consumo em 600 mil barris por dia (bpd) para 2025, e em 400 mil bpd para 2026, impulsionado pelo alívio temporário nas tarifas comerciais entre Estados Unidos e China, além da melhora nas perspectivas econômicas globais.
Entretanto, o Goldman Sachs mantém uma visão cautelosa para os preços do petróleo na segunda metade do ano, prevendo cotação média de US$ 56 para o WTI e US$ 60 para o Brent, com tendência de queda em 2026, sobretudo pela possível retomada das exportações iranianas. Segundo o banco, a produção do Irã pode aumentar em cerca de 250 mil bpd a partir do segundo semestre de 2025, chegando a 3,6 milhões de barris por dia até o final de 2026.
No cenário geopolítico, o governo dos Estados Unidos anunciou avanços nas negociações para um acordo com o Irã, com o objetivo de impedir a produção de armas nucleares, o que abriria caminho para a flexibilização das sanções e a ampliação da oferta global de petróleo.