Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) estima que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras pode resultar em uma perda de até R$ 175 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A pesquisa projeta uma retração de 1,49% na economia nacional e a eliminação de mais de 1,3 milhão de empregos, caso a medida seja mantida.
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A análise destaca que setores como mineração, café, carne e suco de laranja serão particularmente afetados pela tarifa. Estima-se que, em um cenário hipotético de retaliação, no qual o Brasil imponha uma tarifa equivalente de 50% sobre as importações dos Estados Unidos, o impacto econômico seria ainda mais severo.
A projeção é de uma queda de R$ 259 bilhões no PIB brasileiro (2,21%), com a eliminação de cerca de 1,9 milhão de empregos, redução de R$ 36,18 bilhões na massa salarial e perda de R$ 7,21 bilhões em arrecadação tributária.
A entrada em vigor da tarifa está prevista para 1º de agosto de 2025. O governo brasileiro já anunciou medidas de retaliação, incluindo a aplicação de tarifas sobre produtos americanos, conforme autorizado pela Lei de Reciprocidade Comercial. No entanto, uma guerra comercial prolongada pode prejudicar ambos os países e afetar negativamente a economia global.
Diante desse cenário, é essencial que o Brasil busque alternativas para diversificar seus mercados de exportação, reduzindo a dependência do mercado americano. Além disso, investimentos em inovação, infraestrutura e políticas públicas que incentivem a competitividade podem ajudar a mitigar os efeitos negativos da tarifa e fortalecer a economia nacional a longo prazo.