Na sexta-feira, 23 de maio de 2025, o dólar comercial registrou recuo de 0,27%, encerrando o pregão com o valor aproximado de R$ 5,65 para venda. O movimento de baixa surge depois do anúncio de que o governo federal voltou atrás em parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos no exterior, desfazendo a alta de 3,5% para fundos brasileiros aplicados fora do país.
Leia mais: Governo pretende arrecadar 15 bilhões com a venda de Petróleo
O recuo do IOF, mantido em 0% para fundos e em 1,1% para remessas de pessoas físicas a investimentos internacionais, foi formalizado em nova edição do Diário Oficial da União e devolveu confiança aos agentes que imediatamente refletiram o alívio na cotação do real.
Em paralelo, fatores externos também ajudaram a pressionar o dólar para baixo. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, recuou, sinalizando menor atrito sobre as principais divisas emergentes. Além disso, notícias de desaceleração na alta de juros por bancos centrais ao redor do mundo reforçaram a busca por moedas de maior risco, como o real.
No mercado futuro, o contrato de dólar para junho caiu 1,92%, sendo negociado a R$ 5,6530, enquanto o dólar turismo fechou em R$ 5,8793, alta de 0,25%, refletindo a diferença entre a demanda por câmbio comercial e o “apetite” por viagens.
Ao longo da semana, a divisa acumulou queda de 0,38%, sinalizando um respiro após uma sequência de oscilações impulsionadas por incertezas fiscais e alterações nas expectativas de política monetária global.
Com as incertezas em parte dissipada pelo recuo do IOF e os principais indicadores externos em tom mais brando, o mercado agora volta seus olhos para o próximo Relatório de Inflação do Banco Central, marcado para a semana que vem, e para dados de empregos nos Estados Unidos, que poderão ditar o novo ritmo do dólar frente ao real.