O Tesouro Nacional do Brasil anunciou nesta quarta-feira (4) a captação de US$ 2,75 bilhões por meio da emissão de títulos da dívida pública no mercado internacional. A operação, coordenada pelos bancos BNP Paribas, Citigroup e Santander, incluiu papéis com vencimentos em 2030 e 2035, com taxas de juros de 5,68% e 6,73% ao ano, respectivamente.
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O objetivo principal da emissão é antecipar o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira, promovendo a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo e fornecendo referência para o setor corporativo.
A demanda pelos títulos foi expressiva, superando em cerca de quatro vezes o volume emitido, com o livro de ordens atingindo aproximadamente US$ 10,9 bilhões — a maior relação nos últimos sete anos. A alocação final contou com significativa participação de investidores não residentes, sendo cerca de 87% oriundos da Europa e da América do Norte.
Segundo o Tesouro Nacional, a operação contribui para o alongamento do prazo médio da dívida, diversificação e ampliação da base de investidores. Além disso, reforça o papel da Dívida Pública Federal externa no estabelecimento de benchmarks líquidos e na curva de juros soberana, servindo como referência para futuras emissões de empresas brasileiras no exterior.
A liquidação financeira da emissão está prevista para o dia 11 de junho de 2025. Esta operação marca a segunda emissão externa realizada pelo Tesouro Nacional em 2025, após a captação de US$ 2,5 bilhões em fevereiro, com vencimento em 2035.
A emissão de títulos em dólares representa uma estratégia do governo brasileiro para otimizar o perfil da dívida externa, ajustando os vencimentos e garantindo melhores condições de financiamento, ao mesmo tempo em que busca fortalecer a presença do país no mercado internacional.