Diariamente, utilizamos senhas para o acesso a aplicativos no celular, senhas de contas bancárias, de e-mail, de uma plataforma de streaming, e de uma série de outros serviços. Costumamos utilizar senhas também em compras com cartões de débito, crédito, PIX, e para realizarmos atividades necessárias a nossa rotina e segurança.
As senhas, em tese, garantem proteção de dados, segurança, privacidade, acesso e poder. No entanto, não é raro ouvirmos ou lermos nos veículos de informação que houve algum vazamento de senhas ou que algum hacker invadiu determinado sistema de segurança.
Quem nunca teve de recuperar uma senha porque se esqueceu dela? Muitas pessoas, como sabemos, já bloquearam um cartão bancário, uma conta de e-mail ou outro acesso pelo simples fato de não ter se lembrado da senha.
Pensando nisso, muitas pessoas (e até mesmo instituições) buscam senhas simples, rápidas de se decorar ou de se lembrar. Senhas estas que, muitas vezes, não precisam ser anotadas em papel ou em um bloco de notas. Elas são facilmente lembradas: data de aniversário de alguém, o nome de uma pessoa, um acontecimento, alguma obra artística ou até mesmo uma palavra relacionada ao serviço que se deseja acessar ou utilizar (isso quando a senha não é o nome do serviço ou do acesso a que se deseja ingressar).
O fato que nesta semana tem mobilizado as redes sociais, os stories, os status, as postagens de milhares de pessoas é um desses casos. Mas, claro, trata-se de um acontecimento que chama e muito a atenção de toda a sociedade. Afinal, não estamos falando de uma invasão à conta de e-mail de uma pessoa, ou de um sistema de segurança de uma simples loja de uma pequena cidade. Estamos falando do Museu do Louvre, em Paris, na França, que, por sinal, é o mais famoso e mais visitado no mundo inteiro.
O Museu do Louvre é destino de milhares de turistas vindos dos quatro cantos do planeta. Possui um acervo de notória e esmagadora importância para a cultura mundial, como a tão famosa Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, considerada uma obra-prima.

O Louvre está presente ainda no imaginário popular, sendo, inclusive, cenário de narrativas como O Código Da Vinci (The Da Vinci Code), escrito por Dan Brown, publicado em 2003; sua respectiva versão fílmica roteirizada por Akiva Goldsman e dirigida por Ron Howard, em 2006; o filme Belphegor, o Fantasma do Louvre (Belphégor – Le fantôme du Louvre), de Jean-Paul Salomé, lançado em 2001, e diversas outras obras artísticas — como aquelas que abordam roubos no Museu do Louvre, entre elas o filme Pablo Picasso e o Roubo da Mona Lisa (La banda Picasso), de Fernando Colombo, lançado em 2012 e baseado em fatos reais que aconteceram em 1911.
Um roubo cinematográfico
No dia 19 de outubro deste ano, em plena luz do dia, houve um roubo no museu. Foi quebrada uma janela do segundo andar. Joias de grande valor econômico e cultural foram levadas. As pessoas responsáveis fugiram. Tudo isso se deu em sete minutos! Parece até uma nova narrativa literária ou cinematográfica. Porém, trata-se de uma realidade que expõe a fragilidade dos sistemas de segurança.
A auditoria interna divulgada pela imprensa internacional apontou a vulnerabilidade do sistema de segurança. Trouxe à tona, também, a utilização de simples senhas de acesso como ‘Thales’, nome da empresa que forneceu software de segurança ao museu e, inclusive, a palavra ‘Louvre’, que permitia o acesso ao sistema de vigilância por vídeo.
Os suspeitos detidos até agora pela polícia seriam ‘amadores’. Esses ‘amadores’ teriam levado joias que equivalem a cerca de US$ 102 milhões de dólares, ou mais de R$ 500 milhões de reais — em plena luz do dia!
Os relatórios trazem dados de mais de uma década sobre a segurança do museu, o que deixou as pessoas perplexas e incrédulas com tais informações. As investigações relacionadas ao roubo prosseguem. Por hora, toda essa trama acendeu o debate acerca da vulnerabilidade dos sistemas de segurança, a definição das senhas, a proteção das informações e, claro, a preservação de bens culturais que são tão importantes em nossa história.
O roubo no Louvre é um grande alerta tanto a segurança nos ambientes em que nossas artes e patrimônio cultural estão presentes, quanto para a segurança de nossas atividades diárias.
Resta-nos, agora, apreciar como o enredo irá se desenrolar e se esta história terá um final feliz!









