Se uma pessoa comum fosse abordada para falar sobre os papéis do amor e da dor nas vidas humanas, as probabilidades matemáticas diriam que a resposta seria: o amor é bom, te faz feliz, te enche de coisas boas. Mas a dor não, dor dói (com redundância e tudo), machuca, traz feridas que talvez nunca sejam cicatrizadas, ou, no mínimo, deixa marcas profundas, difíceis de cicatrizar.
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E eu te pergunto leitor: será mesmo que esses dois sentimentos são tão distintos ao ponto de cada um deles conseguir mostrar sua personalidade própria e imprimir-se sobre nós sem deixar marcas profundas? E de fato o amor é bom e a dor não?
Como uma reles mortal, consciente de que deve, e o é, tratada como tal, apesar de uma bagagem bem vivida, poderia divagar e me perder em pensamentos para chegar a uma resposta quase óbvia: não, amor e dor não são tão diferentes entre si, não são tão distantes. São muito mais parecidos um com o outro do que a nossa vã filosofia pode entender e alcançar, além de tudo nos enganam porque nos fazem acreditar que são opostos dentro de nós, que um substitui o outro, e vice-versa.
Mas será mesmo???
Quando se ama também se sente dor. Dor da saudade, dor de querer estar, ser, sentir e viver muito mais do que conseguimos e, pasmem, talvez isso aconteça somente pelo simples fato de sermos humanos, de sermos muito frágeis diante da grandiosidade que a vida nos coloca e nos encontramos em certos momentos em que nos sentimos absolutamente desprovidos de qualquer poder de decisão ou confrontamento com a realidade dos mortais. E isso sim é amor!
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E quando se sente dor? Aí é dor mesmo? Também não. Em cada momento em que sentimos dor somos impulsionados a pensar em dias melhores e pensar nesses dias pode ser um grande (ou talvez bem pequeno) prazer. E mesmo que a dor doa demais, daquelas que te tiram do eixo e te deixam completamente fora do ar, essa dor inominável vai passar e você saberá que o peso e a rudeza da sua dor, aquela que doeu sobremaneira, mas abriu caminho, te preparou para receber tudo aquilo que você passou muito tempo sonhando.
O que se pode tirar disso tudo? Mesmo que sinta dor nunca perca a doce dádiva de amar. Sonhe sempre, no amor ou na dor. O sonho é o que faz valer a pena.
Até a próxima. Beijo da Linda.
3 Comentários
Uma boa reflexão para este domingo…
Oi linda, na minha humilde opinião o amor e a dor andam juntos, e podemos aprender com os dois, no final das contas tudo vira aprendizado ou experiência .
“Quando se ama também se sente dor”
Isso é muito verdadeiro. Aprendemos sempre com o amor e com a dor. Adorei o texto