Você já reparou como o coração é o primeiro a reagir quando sentimos emoção?
Ele acelera quando subimos uma escada, dispara quando recebemos uma boa notícia, e se aquece quando abraçamos quem amamos. O coração é muito mais do que um músculo — é o motor da vida.
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E o que mantém esse motor funcionando bem depois dos 50, 60 ou 70 anos? Movimento.
Sim, o simples ato de se mexer — caminhar, dançar, alongar, levantar da cadeira — é uma das melhores formas de proteger o coração e viver com mais disposição, equilíbrio e alegria.
O QUE O MOVIMENTO FAZ PELO CORPO
Quando o corpo se movimenta, o coração trabalha com mais eficiência. O sangue circula melhor, as artérias se mantêm elásticas e o sistema cardiovascular todo funciona de forma mais harmônica.
Essas mudanças ajudam a reduzir a pressão arterial, controlar o colesterol e diminuir o risco de doenças cardíacas — três desafios comuns com o passar dos anos.
Não é preciso fazer grandes esforços: o segredo está na regularidade.
Alguns minutos de atividade física por dia valem mais do que longos treinos ocasionais.
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CAMINHAR: O MELHOR PONTO DE PARTIDA
A caminhada é o exercício mais simples e acessível que existe.
Pode ser feita em qualquer lugar, a qualquer hora, e não precisa de equipamentos especiais.
Comece com 10 a 15 minutos em um ritmo confortável. Aos poucos, vá aumentando o tempo e a intensidade.
O importante é sentir o corpo aquecer e a respiração ficar mais profunda — sinal de que o coração está sendo fortalecido.
Dica do especialista: transforme o exercício em prazer. Caminhe ouvindo uma boa música, leve um amigo ou vá até uma praça. Além de movimentar o corpo, você estimula o convívio social e reduz o estresse.
A FORÇA QUE PROTEGE O CORAÇÃO
O treino de força, com pesos leves, elásticos ou o próprio peso corporal, não serve apenas para ganhar músculos.
Ele também ajuda o coração, pois melhora o controle da pressão arterial, o metabolismo e a circulação.
Além disso, manter os músculos fortes facilita as tarefas do dia a dia: subir escadas, carregar compras, levantar-se da cadeira.
E quanto mais independência no movimento, maior a qualidade de vida.
Exemplo prático:
Use garrafinhas de água como pesos e faça elevações de braços e agachamentos leves, duas a três vezes por semana. Pequenos esforços trazem grandes resultados.
VARIAR O RITMO FAZ DIFERENÇA
O coração é um órgão adaptável. Por isso, alternar momentos de esforço e recuperação é muito benéfico.
Durante uma caminhada, por exemplo, aumente o ritmo por um minuto e depois reduza por dois. Essa variação torna o coração mais resistente e melhora a capacidade respiratória.
MOVA-SE AO LONGO DO DIA
Cuidar do coração não significa apenas “fazer exercício”.
Mover-se mais nas pequenas tarefas diárias já é uma excelente forma de prevenção.
Veja algumas atitudes simples:
- Subir escadas em vez de usar o elevador.
- Levantar-se a cada meia hora se passa muito tempo sentado.
- Colocar música e dançar alguns minutos em casa.
- Brincar com os netos, cuidar do jardim, caminhar até a padaria.
Essas ações cotidianas compõem o que os especialistas chamam de “atividade física espontânea” — e o corpo reconhece e agradece.
UM CONVITE À LONGEVIDADE ATIVA
Pense no seu coração como um amigo fiel, que trabalha por você o tempo todo.
O que ele precisa para continuar firme e forte? Movimento, carinho e cuidado.
Ao se exercitar, você envia ao seu corpo uma mensagem poderosa: “quero viver bem, com energia e autonomia”.
E é isso que a atividade física proporciona — mais vida nos anos, e não apenas mais anos de vida.
CONCLUSÃO
Depois dos 50, cuidar do coração é cuidar da liberdade de viver bem.
Não é preciso muito, apenas constância. Caminhar, alongar, fortalecer, respirar — gestos simples com efeitos profundos.
Na próxima vez que sentir o coração bater mais forte, lembre-se:
ele está apenas pedindo que você continue em movimento.









