Envelhecer com saúde significa preservar a autonomia e a liberdade para realizar as atividades que dão prazer e sentido à vida. Caminhar sem dor, subir escadas com tranquilidade, brincar com os netos ou simplesmente manter uma boa postura ao sentar-se são gestos que dependem de uma capacidade muitas vezes esquecida: a flexibilidade. O alongamento, quando praticado regularmente, é um aliado poderoso para manter a mobilidade e a leveza nos movimentos, especialmente após os 60 anos.
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Aos poucos, com o passar do tempo, os músculos e articulações tendem a perder elasticidade. Isso ocorre por alterações naturais nos tecidos, diminuição do colágeno e menor lubrificação das articulações. Esse processo pode resultar em rigidez, dores e até dificuldades em tarefas simples do dia a dia, como amarrar os sapatos ou alcançar um objeto em uma prateleira.
É justamente nesse ponto que o alongamento se torna essencial. Pesquisas científicas mostram que a prática regular de alongamentos contribui para:
- Preservar e ampliar a amplitude de movimento, facilitando ações cotidianas.
- Prevenir dores musculares e articulares, diminuindo a sobrecarga sobre tendões e ligamentos.
- Melhorar a postura, já que músculos encurtados podem puxar a coluna para posições inadequadas.
- Estimular a circulação sanguínea, favorecendo a oxigenação dos tecidos.
Outro aspecto relevante é o impacto positivo sobre a sensação de bem-estar. O alongamento promove relaxamento muscular, reduz tensões acumuladas e até auxilia no controle da ansiedade, já que a prática envolve respiração consciente e momentos de pausa.
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Sessões curtas, grandes resultados
Não é preciso passar longos períodos se alongando. Sessões de 10 a 15 minutos por dia já fazem diferença significativa na mobilidade. A chave está na regularidade.
Alguns exemplos práticos que podem ser incorporados facilmente à rotina:
- Ao acordar: alongar braços para cima, espreguiçando-se lentamente.
- Na hora da leitura ou TV: fazer um leve alongamento de pescoço, girando a cabeça suavemente para os lados.
- Antes de caminhar: alongar panturrilhas apoiando-se em uma parede.
- Após as tarefas domésticas: esticar a coluna apoiando as mãos em uma mesa e inclinando o tronco para frente.
Esses movimentos simples podem ser feitos em casa, sem equipamentos, respeitando sempre os limites do corpo e evitando dor.
Segurança em primeiro lugar
É importante ressaltar que o alongamento deve ser progressivo e controlado, sem movimentos bruscos. A sensação ideal é de leve tensão e não de dor. Quem já tem alguma condição de saúde — como problemas de coluna ou articulações — deve conversar com um profissional de saúde ou um educador físico antes de iniciar.
O alongamento não é apenas um complemento de outras atividades físicas; ele é uma prática fundamental para manter a qualidade de vida após os 60 anos. Com poucos minutos por dia, é possível preservar a flexibilidade, reduzir dores, melhorar a postura e conquistar a leveza nos movimentos.
Ao transformar o alongamento em um hábito, você estará investindo em autonomia, bem-estar e vitalidade. Afinal, a idade pode avançar, mas o corpo continua capaz de se adaptar, ganhar elasticidade e responder positivamente a pequenos cuidados.