Uma cápsula funerária espacial que transportava as cinzas de 166 pessoas perdeu-se no Oceano Pacífico após uma falha técnica durante sua reentrada na atmosfera terrestre. O incidente ocorreu no final de junho, quando a cápsula Nyx, da startup alemã The Exploration Company (TEC), deveria retornar à Terra após completar duas órbitas ao redor do planeta. A missão, denominada “Mission Possible”, foi realizada em parceria com a empresa americana Celestis, especializada em serviços de voos memoriais espaciais.
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De acordo com a TEC, a cápsula foi lançada com sucesso em 23 de junho de 2025, a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, e completou duas órbitas ao redor da Terra. No entanto, durante a reentrada na atmosfera, a comunicação com a cápsula foi perdida a cerca de 26 km de altitude.
A empresa informou que a cápsula sofreu uma falha técnica que resultou em sua queda no oceano, dispersando seu conteúdo. Além das cinzas, a cápsula transportava sementes e material vegetal de cannabis, fornecidos pelo projeto de ciência cidadã Martian Grow, que investiga o cultivo de plantas em microgravidade para futuras missões a Marte.
Este evento marca um raro revés na crescente indústria de serviços funerários espaciais. Embora a missão tenha alcançado marcos significativos, como o lançamento e a realização de órbitas controladas, a falha durante a reentrada resultou na perda total da carga. A TEC expressou pesar pelo ocorrido e afirmou que está investigando as causas da falha para aprimorar a segurança em futuras missões.
A Celestis, por sua vez, emitiu um comunicado oferecendo apoio às famílias afetadas e enfatizando o valor simbólico da jornada espacial como uma homenagem única aos entes queridos. A empresa também destacou que, apesar do incidente, a missão proporcionou uma experiência histórica e significativa para os participantes.
O funeral espacial, embora ainda um serviço relativamente novo, tem ganhado popularidade entre aqueles que buscam uma forma diferenciada de memorializar seus entes queridos. Os serviços oferecidos incluem o envio de pequenas porções de cinzas para o espaço, seja em órbita terrestre, em trajetória suborbital ou até mesmo em missões que visam destinos mais distantes, como a Lua.
Apesar da perda, o incidente levanta questões sobre os desafios técnicos e éticos envolvidos na realização de funerais espaciais e destaca a necessidade de avanços tecnológicos para garantir a segurança e a confiabilidade dessas missões.
