A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou recomendações para proteger profissionais expostos a altas temperaturas através de um relatório publicado em 22 de agosto de 2025.
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Temperaturas diurnas de mais de 40°C e até acima de 50°C estão se tornando cada vez mais comuns, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o aumento dos episódios de calor no mundo inteiro está causando problemas de saúde em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas de baixa renda.
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Com o objetivo de ajudar os países a lidarem com esse desafio, a OMS e a OMM disponibilizaram em conjunto uma orientação técnica intitulada “Mudanças climáticas e estresse térmico no local de trabalho”. O relatório, baseado em pesquisas e evidências desde 1969, contém 96 páginas e oferece soluções práticas para proteger vidas e reduzir a desigualdade.
Os profissionais que trabalham ao ar livre, como nos setores de pesca, agricultura e construção, são os mais afetados por essas mudanças. O relatório revela que a produtividade dos trabalhadores cai de 2 a 3% para cada grau acima de 20°C, e aproximadamente metade da população sofre consequências adversas das altas temperaturas.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 2,4 bilhões de trabalhadores estão expostos a calor excessivo em todo o mundo, representando 71% da população ativa global. Os riscos à saúde que esses trabalhadores enfrentam incluem: insolação, desidratação, disfunção renal e distúrbios neurológicos.