O implante contraceptivo hormonal Implanon começou a ser oferecido de forma obrigatória pelos planos de saúde nesta segunda-feira (1). O Ministério da Saúde anunciou a oferta do implante na rede pública no início de julho. A medida vale para mulheres de 18 a 49 anos.
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O que é
O Implanon é um implante subdérmico (sob a pele) indicado para prevenir a gravidez indesejada. É uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço, em um procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local. O implante libera continuamente o etonogestrel, um hormônio feminino, para a corrente sanguínea. A quantidade no Implanon é suficiente para a liberação durante um período de até três anos.
Ao longo desse tempo, a ação do hormônio impede a liberação do óvulo e altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozoides. Consequentemente, a gravidez é impedida.
Segundo a empresa responsável pelo implante, chamada Organon, o dispositivo é considerado o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. Com uma eficácia para evitar a gravidez de 99,95%, sua taxa de falha é menor que todos os outros métodos contraceptivos, como a camisinha, a vasectomia e o DIU hormonal.
Disponibilidade
O Ministério da Saúde tem como expectativa distribuir, até 2026, 1,8 milhão de implantes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas neste ano, 500 mil deles para as mulheres.
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Referente a preços, o produto custa entre R$ 2 mil a R$ 4 mil, com um investimento do governo de aproximadamente R$ 245 milhões.
Após os três anos, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo poderá ser inserido imediatamente. A fertilidade retoma rapidamente após a remoção caso a mulher decida engravidar.
Contudo, entre os métodos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas o DIU de cobre tem ação de longa duração. Além disso, o único método de proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) continua sendo o preservativo.
Efeitos adversos
Apesar da eficácia do implante, o Implanon não deve ser utilizado por mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem diagnóstico e/ou alergia ao etonogestrel.
Entre os possíveis efeitos adversos estão:
- dor;
- inchaço;
- hematoma no local da aplicação.
Em casos raros, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas no procedimento.
Próximos passos
Para planos de saúde pagos, a recomendação caso haja negativa de cobertura é registrar reclamação diretamente na operadora. Se não houver solução, acione a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pelos canais oficiais.
Para planos de saúde gratuitos, a previsão, do Ministério da Saúde, é que o implante passe a ser fornecido no país ainda neste ano.