Mais de 79 municípios do Mato Grosso do Sul participaram do Dia D de vacinação contra o sarampo, no último sábado (30). A mobilização faz parte da estratégia nacional do Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, para a impedir a entrada da doença no país, especialmente em regiões de fronteira. O estado faz divisa com a Bolívia e o Paraguai – países que registram aumento expressivo de casos de sarampo.
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Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), acompanhou a mobilização em Ponta Porã (MS), cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
“Garantir a imunização da população é essencial para evitar a circulação do vírus no Brasil. A cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul e em Ponta Porã é positiva, mas é preciso reforçar à população a importância de se vacinar”, afirmou o diretor.
Ações nacionais
Em 2024, a cobertura vacinal da tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – em Mato Grosso do Sul foi de 105,20% (primeira dose) e 93,58% (segunda dose). Já no município de Ponta Porã, os índices foram mais altos: 123,29% (primeira dose) e 103,19% (segunda dose).
Nesse ano, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 15 milhões de doses da vacina contra o sarampo para todos os estados brasileiros. Até agora, mais de 3 milhões de doses foram aplicadas no país. A vacina é recomendada para pessoas de 6 meses a 59 anos de idade. Basta apenas procurar uma unidade básica de saúde mais próxima para se vacinar.
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Além da vacinação, equipes técnicas do Ministério da Saúde promoveram capacitações em Mato Grosso do Sul para reforçar o enfrentamento ao sarampo. Nas cidades de Dourado e Ponta Porã, foi realizado o seminário “Ameaça da reintrodução do sarampo no Brasil: cenário epidemiológico global”, qualificando profissionais de saúde da região.
Regiões fronteiriças
Recentemente, a Bolívia decretou emergência nacional contra o sarampo após ter 237 casos confirmados da doença. Além disso, o Ministério da Saúde do Paraguai confirmou 7 casos da doença no país. A situação alarmou o Mato Grosso do Sul, que buscou protocolos de prevenção para evitar a propagação da doença.
Em julho, o Ministério também realizou um “Dia D” de vacinação em cidades de fronteira do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, todas regiões que fazem divisa com a Bolívia. Aproximadamente 3 mil pessoas foram vacinadas, com destaque para o Acre, que aplicou 1,8 mil doses.
Além disso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Sant’Ana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai, para reforçar o compromisso com a vacinação nas regiões de fronteira dos países do Mercosul. A ação busca ampliar a cobertura vacinal, manter o status do Brasil como país livre do sarampo e fortalecer a integração regional em saúde pública.
A equipe técnica da pasta, em parceria com estados e municípios, também realizou bloqueios vacinais e reforçou a vigilância epidemiológica em municípios como Campos Lindos (TO), devido a casos confirmados, e em Araguaína (TO), Balsas (MA) e Imperatriz (MA), por estarem próximas das áreas de registro.
O estado do Mato Grosso do Sul não registra casos da doença há cinco anos e, o Brasil, recebeu certificado de livre da doença em novembro do ano passado.
