Romeu Zema, governador de Minas Gerais, acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de adotar uma postura de perseguição contra políticos de direita. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (25). Zema também defendeu a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde a ações no Supremo relacionadas à tentativa de golpe.
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Segundo o governador, o Brasil só poderá avançar com um processo de pacificação política. Ele comparou a situação de Bolsonaro com a de outros casos da história nacional em que criminosos condenados receberam anistia.
“Já demos anistia para assassinos, para sequestradores, e agora não vamos dar nesse caso?”, questionou, ao defender que a medida traria estabilidade ao país.
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Zema também criticou o que classificou como seletividade nas decisões judiciais. Ele apontou que figuras envolvidas em escândalos de corrupção, como o Mensalão e a Lava Jato, estariam em liberdade por terem vínculos com partidos de esquerda. Para o governador, essa disparidade comprovaria uma atuação política do Judiciário.
O governador mineiro abordou ainda a tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo, citando como exemplo o impasse sobre o decreto que ampliou a alíquota do IOF. A medida, após ser derrubada pelo Legislativo, foi judicializada e chegou ao STF. Para Zema, o episódio ilustra uma interferência indevida entre os Poderes.
Em relação às eleições presidenciais de 2026, o governador negou a existência de divisões significativas na direita. Ele afirmou ter comunicado pessoalmente a Bolsonaro sua pré-candidatura e disse que o ex-presidente recebeu a notícia de forma positiva. “Quanto mais candidatos da direita, melhor”, teria respondido Bolsonaro, segundo Zema.









