União Europeia amplia sanções contra a Rússia e afeta comércio brasileiro

Na última terça-feira (20), a União Europeia (UE) anunciou seu 17º pacote de sanções econômicas contra a Rússia, com foco principal no setor petrolífero. As novas medidas visam coibir a atuação da chamada “frota fantasma” de petroleiros russos, que transportam petróleo para países como China, Índia e, mais recentemente, o Brasil, que em 2024 importou 63,6% de seu diesel da Rússia, tornando-a a principal fornecedora do combustível no país.

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Embora o Brasil não esteja diretamente sujeito às sanções da UE, o aumento da pressão internacional sobre o comércio de petróleo russo pode gerar impactos significativos nos preços do diesel no mercado brasileiro. A logística de importação, que envolve rotas marítimas complexas, também deve enfrentar desafios, afetando o abastecimento do combustível no país.

Além disso, o bloco europeu considera impor uma tarifa de 6,5% sobre a importação de fertilizantes russos, medida que pretende reduzir a dependência europeia desses insumos e ampliar o isolamento econômico da Rússia em meio ao conflito na Ucrânia.

A iniciativa da UE integra uma estratégia coordenada com os Estados Unidos para ampliar o cerco econômico à Rússia e pressionar por um cessar-fogo no conflito. O Brasil, por sua vez, vive uma posição delicada, ao buscar equilibrar os interesses econômicos internos (dada a forte dependência do diesel russo) com as pressões diplomáticas internacionais.

O cenário pode provocar oscilações nos preços de combustíveis e fertilizantes no mercado brasileiro nos próximos meses, exigindo atenção do governo e do setor produtivo para eventuais ajustes.

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