A guerra tarifária de Trump: dobra a tarifa sobre o aço e o alumínio brasileiro

Mesmo após a humilhação frente à guerra tarifária que se iniciou com o início de seu mandato no início do ano – onde voltou atrás após ameaçar a China com tarifas desproporcionais -, Trump decidiu aumentar a taxa de importação do aço e alumínio de 25% para 50%. Esta medida impacta o Brasil e começa valer a partir de hoje (04).

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A mesma taxação não vale para o Reino Unido, contudo, afeta o Brasil diretamente, que é o segundo maior exportador deste material aos Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.

O Reino Unido, foi retirado deste acordo pois já havia realizado uma negociação prévia em maio com os Estados Unidos, como declarado pelo porta-voz do governo britânico:

O Reino Unido foi o primeiro país a garantir um acordo comercial com os EUA neste mês e seguimos comprometidos em proteger os negócios e empregos britânicos em setores importantes

Estamos satisfeitos que, como resultado do nosso acordo com os EUA, o aço do Reino Unido não estará sujeito a essas tarifas adicionais. Seguiremos trabalhando com os EUA para implementar nosso acordo, que resultará na remoção das tarifas americanas de 25% sobre o aço

 Com esta medida, Donald Trump procura proteger o setor siderúrgico do país, como anunciado em sua conta do Truth Social na última sexta-feira (30):

É uma grande honra para mim aumentar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, a partir de quarta-feira. Nossas indústrias de aço e alumínio estão se recuperando como nunca. Esta será mais uma GRANDE notícia para nossos maravilhosos trabalhadores do setor. FAÇAM A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!”, disse o presidente Trump.

No Brasil, o mesmo deve acontecer. O cenário do setor minerador e siderúrgico brasileiro deve entrar em uma fase de reajuste em relação ao mercado global, atuando de forma mais protecionista.

Deste modo, a guerra tarifária deve continuar.

Autor

  • Ricardo Lacava

    Veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar, Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau”.

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