O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (17) que pretende conversar diretamente com Vladimir Putin, presidente da Rússia, caso volte à Casa Branca. Segundo ele, o objetivo é pôr fim ao que chamou de “banho de sangue” na Ucrânia, que já ultrapassa dois anos de confrontos desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.
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Durante um comício em Ohio, Trump disse que teria encerrado o conflito “em 24 horas”, caso ainda estivesse no poder. A fala, que já foi repetida diversas vezes em sua campanha à reeleição, reacende os debates sobre a postura americana em relação ao conflito e sobre o papel diplomático dos Estados Unidos em crises internacionais.
Trump evitou condenar diretamente a Rússia pela invasão, concentrando suas críticas na política externa do presidente Joe Biden. “Temos um líder fraco, que não sabe negociar”, declarou o republicano, sugerindo que a atual administração agravou a tensão com Moscou.
As declarações de Trump foram vistas com cautela por especialistas em relações internacionais. Alguns analistas alertam que a promessa de diálogo direto com Putin, sem pré-condições, pode sinalizar uma concessão aos interesses do Kremlin, enquanto outros enxergam uma possível abertura diplomática.
Enquanto isso, a Ucrânia segue buscando apoio militar e financeiro do Ocidente. O presidente Volodymyr Zelensky reforçou a necessidade de sistemas de defesa aérea e munições, alertando para os intensos bombardeios russos nas últimas semanas.
A fala de Trump, embora polêmica, evidencia o peso que o conflito ucraniano terá nas eleições americanas de 2024. O tema divide opiniões dentro dos EUA, e a possibilidade de uma nova abordagem diante da Rússia pode alterar significativamente os rumos da guerra e da diplomacia global.